quarta-feira, 22 de maio de 2013

Independência do Haiti

A Revolução Haitiana, também conhecida por Revolta de São Domingos (1791-1804) foi um período de conflito brutal na colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e a independência do Haiti como a primeira república governado por pessoas de ascendência africana. Apesar de centenas de rebeliões ocorridas no Novo Mundo durante os séculos de escravidão, apenas a revolta de Saint-Domingue, que começou em 1791, obteve sucesso em alcançar a independência permanente, sob uma nova nação. A Revolução Haitiana é considerada como um momento decisivo na história dos africanos no novo mundo.
Apesar de um governo independente foi criado no Haiti, a sociedade continua a ser profundamente afetada pelos padrões estabelecidos sob o domínio colonial francês. Os franceses criaram um sistema de governo da minoria sobre o pobre analfabeto usando violência e ameaças. Como muitos fazendeiros tinham previsto para os seus filhos mestiços por mulheres africanas, dando-lhes educação e (para homens) e formação entrée para os militares franceses, os descendentes de mulatos tornaram-se a elite no Haiti após a revolução. Na época da guerra, muitos usaram seu capital social para adquirir riqueza e alguns terrenos já adquiridos. Alguns tinham mais identificado com os colonos franceses que os escravos, e associada em seus próprios círculos. Sua dominação da política e da economia depois da revolução criou outra sociedade de duas castas, como a maioria dos haitianos foram os agricultores de subsistência rural.Além disso, o futuro da nação ainda nova foi literalmente hipotecada aos bancos franceses em 1820, como ele foi forçado a fazer reparações em massa para os proprietários de escravos francês, a fim de receber o reconhecimento francês e acabar com o isolamento político e econômico da nação. Estes pagamentos tornaram permanentemente afetada a economia do Haiti e de sua riqueza.

Os acontecimentos

As riquezas do Caribe dependiam dos europeus e do sabor do açúcar produzidas por fazendas de proprietários negociadas para as disposições da América do Norte e produtos manufaturados dos países europeus. A partir de 1730, engenheiros franceses construiram o complexo sistema de irrigação para aumentar a produção da cana-de-açucar. Até o ano de 1740, Saint-Domingue, juntamente com a Jamaica, tornou-se o principal fornecedor de açúcar do mundo. A produção de açúcar dependia do trabalho manual extensivo feito pelos africanos escravizados em Saint-Domingue (economia de plantation colonial). Os fazendeiros brancos, cuja riqueza derivava da venda de açúcar, sabiam ter sido superados em número pelos escravos em um tempo de mais de dez anos e viviam com medo de que estes se rebelassem.
Em 1758, os fazendeiros brancos começaram a aprovar leis que estabeleciam restrições aos direitos de outros grupos de pessoas, até que um rígido sistema de castas foi definido. A maioria dos historiadores classifica as pessoas da época em três grupos. Um deles foi o dos colonos brancos, ou blancs. A segunda foi o de negros livres (geralmente, mestiços, mulatos ou conhecido como gens de couleur libre, as pessoas livres de cor). Estes tendiam a ser educados, alfabetizados e, muitas vezes serviam o exército ou eram administradores nas plantações. Muitos eram filhos de fazendeiros brancos e mães escravas. Os homens, muitas vezes recebiam a educação ou a formação de artesãos, algumas vezes recebidos de propriedade de seus pais, e liberdade. O terceiro grupo, ultrapassando os outros, numa proporção de dez para um, era em sua maioria de escravos nascidos na África. A alta taxa de mortalidade entre eles fez com que fazendeiros continuamente tivessem de importar novos escravos. Isso manteve a sua cultura mais próxima da África e segregada de outras pessoas na ilha. Eles falavam um dialeto derivado do francês e do oeste africano conhecido como crioulo, que também era usado por nativos mulatos e brancos para a comunicação com os trabalhadores.
Colonos brancos e escravos negros tinham, frequentemente, conflitos violentos. Gangues de escravos fugitivos, conhecidos como maroon, viviam na floresta fora do controle. Eles frequentemente realizavam ataques violentos Às plantações de cana de açúcar e café. O sucesso desses ataques estabeleceu tradições marciais haitianas de violência e brutalidade para fins políticos.Embora os números tenham aumentado nestas áreas (por vezes em milhares), eles geralmente não tinham a liderança e estratégia para alcançar os objetivos de longo prazo. O primeiro líder eficaz maroon a surgir foi o carismático François Mackandal, que conseguiu unificar a resistência negra. Adepto do Vodu, Mackandal inspirou seu povo com tradições africanas. Ele uniu e também estabeleceu uma rede de organizações secretas entre os escravos das plantações, provocando uma rebelião que foi de 1751 até 1757. Embora Mackandal tenha sido capturado pelos franceses e queimado na fogueira em 1758, maroons armados persistiram nos ataques e assédios após sua morte.

A situação em 1789

Em 1789, Saint-Domingue, produtora de 40% do açúcar do mundo, era a colônia de exploração francesa mais rentável. Foi a mais rica e mais próspera das colônias de escravos no Caribe. A classe mais baixa da sociedade era formada por negros escravizados, que ultrapassava o número de pessoas brancas na proporção de por oito a um. A população escrava na ilha atingiu quase metade de um milhão de escravos no Caribe em 1789. Eles eram em sua maioria nascidos na África. A taxa de mortalidade no Caribe ultrapassava a taxa de natalidade, de modo que a importação de escravos africanos continuou. A população escrava caiu a uma taxa anual de dois a cinco por cento, devido ao excesso de trabalho e à falta de alimentos inadequados, abrigos, roupas e cuidados médicos, e um desequilíbrio entre os sexos, com mais homens do que mulheres.Alguns escravos eram da elite crioula de escravos urbanos e domésticos, e trabalhavam como cozinheiras, serventes e pessoal de artesanato em torno da casa da plantação. Esta classe relativamente privilegiada era principalmente de nascidos nas Américas, enquanto a sub-classe era formada por pessoas nascidas na África, trabalhando em péssimas condições.
O Plaine du Nord na costa norte de Saint-Domingue era a área mais fértil com maiores plantações de açúcar. Foi a área de maior importância econômica. Lá, os africanos escravizados viviam em grandes grupos de trabalhadores em relativo isolamento, separados do resto da colônia pela alta cadeia montanhosa conhecida como Maciço. Esta área foi a sede do poder dos grand blancs, os colonos brancos ricos, que queriam uma maior autonomia para a colônia, sobretudo economicamente.
Entre 40.000 brancos que habitavam a colônia de Saint-Domingue em 1789, os franceses nascidos na Europa monopolizavam postos administrativos. Os senhores de engenho, os grands blancs, foram principalmente pequenos aristocratas. A maioria voltou para a França o mais depressa possível, na esperança de evitar a temida febre amarela, que regularmente varreu a colônia. Os brancos de classe baixa, petits blancs, incluiam os artesãos, comerciantes, traficantes de escravos, feitores e diaristas. As pessoas livres de cor em Saint-Domingue, os gens de couleur , eram mais de 28.000 em 1789. Muitos deles eram também artesãos e bispos, ou empregadas domésticas nas casas-grandes.
Além disso, a classe e tensão racial entre brancos, as pessoas livres de cor e negros escravizados, fazia com que o país estivesse polarizado pela rivalidade regional entre o Departamento Norte(Norte), Departamento de Sud(Sul) e Departamento Ouest(Oeste). Também houve conflitos entre os defensores da independência, os fiéis para a França, os aliados da Espanha, e aliados de Grã-Bretanha - que cobiçavam controle da colônia.
 

 

Colonização Espanhola

A colonização espanhola das Américas começou com a chegada de Cristóvão Colombo às Américas em 1492. Colombo procurava um novo caminho para as Índias e convenceu-se de que o encontrara. Ele foi feito governador dos novos territórios e fez várias outras viagens através do Oceano Atlântico. Enriqueceu com o trabalho de escravos nativos, que obrigou a minar ouro, e também tentou vender escravos na Espanha. Apesar de ser geralmente visto como um excelente navegador, era fraco como administrador e foi destituído do governo em 1500.
A chegada dos espanhóis à América insere-se no contexto da expansão marítima europeia. A colonização levou a Espanha a fazer incursões no novo continente, dominando e destruindo sociedades indígenas, como a dos incas e dos astecas, em busca de metais preciosos encontrados e explorados em grande quantidade pelos conquistadores, que se utilizavam para tanto da mão-de-obra servil indígena.
Para consolidarem sua dominação nos territórios americanos, os espanhóis tiveram que travar muitas batalhas contra os habitantes nativos do continente. Os principais obstáculos para a conquista espanhola foram os impérios Inca e Asteca. Apesar de já estarem em declínio quando da chegada dos espanhóis e de não formarem um império com poder centralizado, os Maias representaram uma resistência considerável em cada uma de suas cidades autônomas.
Na conquista, os espanhóis consolidavam alianças com diversos povos indígenas. Esses povos não eram homogêneos, cada um tinha seus próprios interesses, cultura, inimigos, aliados. Os espanhóis exploraram as rivalidades existentes entre os povos indígenas, facilitando assim sua vitória.
O número de aliados nativos tendia, inclusive, a superar o número de espanhóis nas batalhas. O uso de africanos também foi considerável, importância que foi aumentando à medida que se prolongava a conquista .

Descobrimento e Conquista

Em 1492, a serviço da Coroa Espanhola, Cristóvão Colombo descobriu um continente até então desconhecido dos europeus, o qual posteriormente foi denominado de América. As terras encontradas foram disputadas entre Portugal e Espanha. Para controlar a disputa entre esses países, o papa espanhol Alexandre VI propôs a Bula Inter Coetera, dividindo o Oceano Atlântico por um meridiano. Mas, com o meridiano, Portugal só teria direito as terras africanas.
A Coroa portuguesa pressionou para mudarem o acordo e foi assinado o Tratado de Tordesilhas, dividindo o continente entre os dois países (sendo Espanha com oeste e Portugal com leste). Mas os outros países europeus não concordaram com isso.
A Conquista da América espanhola aconteceu de forma exploratória, isto é, não vinham para a América em busca de terras para povoar, eles ocupavam o espaço, apropriando-se de suas riquezas. Os espanhóis dizimaram as populações indígenas, impondo sua cultura, língua e religião.

Colônias Espanholas

As áreas nas Américas sob controle Espanhol incluíam a maior parte da América do Sul, do Norte e Central.
Os primeiros anos viram uma luta entre os Conquistadores e a autoridade real. Os Conquistadores eram geralmente nobres empobrecidos que queriam adquirir terra e trabalhadores (Encomienda) que eles não poderiam ter na Europa. As rebeliões eram freqüentes (Veja Lope de Aguirre).

Caribe

A Espanha reivindicou todas as ilhas nas Caraíbas, apesar de os espanhóis não terem colonizado todas elas. Possuíam colônias nas Antilhas de Barlavento e de Sotavento, incluindo:

América Central

Esses países tornaram-se independentes da Espanha em 1821 durante a Guerra de Independência do México.
  • Panamá - Como parte da Colômbia, tornou-se independente em 1819.

América do Norte

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Questões sobre Iluminismo


1.Não é uma característica que marcaram a sociedade do Antigo regime nos séculos XVII e XVIII:
a) Setor político
b) Setor social
c) Setor econômico
d) Setor cultural
e) Setor religioso 

2. Designação dada ao conjunto de características sociais, politicas, econômicas e culturais das sociedades da idade moderna na transição do feudalismo para o capitalismo:
a) Antigo regime 
b) Novo Regime
c) Regime iluministas
d) Iluminismo
e) transiluminismo

3. Assinale a alternativa que apresenta uma característica que o iluminismo não defendia:
a) Igualdade
b) Escravidão 
c) Tolerância religiosa
d) Liberdade social e pessoal
e) Propriedade privada

4. O termo vem do grego que significa natureza e poder. Designa o governo comandado pelas leis da natureza:
a) Fisiocracia 
b) Lei iluminista
c) Iluminismo
d) feudalismo 
e) filosofia

5. Os governantes absolutistas de alguns países europeus adotaram certos princípios do iluminismo, promovendo em seus estados uma série de reformas nos campos social e econômico. Esses governantes ficaram conhecidos como:
a) Iluministas
b) Senhores Feudais
c) Déspotas esclarecidos 
d) fisiocratas
e) conservadores



6.Com relação ao enciclopedismo, responda:
a) O que era o enciclopedismo?
b) Quais as implicações do enciclopedismo ao iluminismo?

7.Tente explicar resumidamente por que o século XVIII acabou sendo conhecido como o “Século das Luzes” ?


8.Cite o nome de três pensadores do iluminismo.
9.Como os pensadores iluministas pensavam a relação existente entre o Estado e a Igreja?
10.Com relação ao liberalismo econômico, responda:
Como o pensador Adam Smith pensava a relação entre o Estado e a economia.

Principais Iluministas



  
François Marie ArouetVoltaire
Filósofo iluminista francês nascido em Paris, um dos mais influentes da história e famoso por criticar violentamente a Igreja e a intolerância religiosa, tornando-se o símbolo da liberdade de pensamento. Filho de abastada família burguesa, estudou leis com os jesuítas no Colégio Louis-le-Grand em Paris, e tornou-se escritor. Membro da Société du Temple, de libertinos e livres-pensadores, foi prisioneiro da Bastilha por 11 meses (1717-1718) como responsável por um panfleto satírico, embora alegasse inocência, período onde escreveu a tragédia Oedipe (1718), cujo sucesso o consagrou nos meios intelectuais. Por desentendimentos com o influente duque de Rohan-Chabot, exilou-se na Inglaterra (1726-1729) e, de volta a França, escreveu o seu mais famoso livro, Lettres philosophiques ou Lettres sur les anglais (1734), um conjunto de "cartas" sobre os ingleses, nas quais fazia espirituosas comparações entre a liberdade inglesa e o atraso da França absolutista, clerical e obsoleta. Com o livro condenado pelas autoridades, refugiou-se no castelo de Cirey, e aí passou dez anos com sua amante, a marquesa du Châtelet. Voltou a Paris (1744), foi eleito para a Academia Francesa (1746) e introduzido por Madame de Pompadour na corte. Recuperado na corte tornou-se historiador real (1750) e esteve a convite na corte de Frederico IIo Grande, da Prússia, na corte de Potsdam (1750-1753), de onde saiu após depois de um atrito com o rei. Voltando à França fez grandes negócios, inclusive especulações na bolsa, e estabelecido próximo a Genebra (1755), onde posteriormente comprou o castelo e a fazenda de Ferney (1758), onde instalou uma fábrica de tecidos e outra de relógios, e aí ficou até o fim da vida, tornando-se muito rico, inclusive ao morrer, tinha uma renda anual de 350.000 libras. Iniciou seus escritos anti-religiosos (1762) e retornou de Ferney para Paris como uma celebridade (1778), onde suas idéias tornaram-se influentes para a origem da Revolução Francesa. Defendeu a burguesia contra a aristocracia feudal e, embora detestasse a Igreja Católica e quaisquer formas de intolerância, não era ateu. Sua obra literária foi composta essencialmente de peças teatrais como Zaïre (1732) e Alzire (1736), livros de históriaA Histoire de Charles XII (1731I), Le Siècle de Louis XIV (1751) e Essai sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o dicionário Dictionnaire philosophique(1764) e os romances ou contos filosóficos Zadig (1747), Micromégas (1752) e Candide (1759), considerada sua obra-prima.



  
Montesquieu,Charles-Louis de Secondat,barão de La Brède e de Montesquieu,(1689-1755) Jurista e filósofo do iluminismo francês nascido em Château La Brède próximo a Bordeaux, França, influente nas áreas da filosofia da história e dodireito constitucional, um dos maiores prosadores da língua francesa. Membro de uma família da aristocracia provincial, estudou humanismo e ciências jurídicas, e freqüentou interessadamente os círculos da boêmia literária parisiense. Entrou para o tribunal provincial de Bordéus (1714), que chegou a presidir (1716-1726). Publicou seu primeiro livro Lettres persanes (1721) e fez longas viagens pelo continente e  Inglaterra (1729-1731). Famoso como escritor, precursor das idéias de TurgotGibbon e Hegel, foi um dos fundadores da filosofia da história. Foi o primeiro a usar o termo decadência a propósito de uma nação e de seu destino histórico, tema permanente na filosofia da história dos séculos XIX e XX, em Considérations sur les causes de la grandeur des romains et de leur décadence (1734). Passou a maior parte da vida em Bordeaux, mas sempre voltava a Paris, onde era muito requisitado. Pregou a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário, como forma de proteger as garantias individuais. Quase totalmente cego durante os últimos anos de vida, lançou as bases das ciências sociais e econômicas, inspirando os redatores da constituição francesa (1791) e da espanhola (1812), modelos de todas as constituições liberal-democráticas que se seguiram. Morreu em Paris e suas teorias exerceram profunda influência no pensamento político moderno. Inspiraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), durante a revolução francesa, e a constituição dos Estados Unidos (1787), que criou o presidencialismo. Seu trabalho De l'esprit des lois (1748), estabelecendo o princípio da separação dos poderes, tornou-se a mais influente publicação do século XVIII, na Europa, uma obra fundamental sobre as condições sociais do direito, especialmente do direito constitucional. A partir da obra deste pensador, os escritores franceses se tornaram mais que literatos, passando a discutir os assuntos públicos e a influir nos destinos do país.


Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778)
JEAN-JAQUES ROUSSEAU - O Bom Selvagem    Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a "educação natural" conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou "materialismo dos sensatos", ou "teísmo", ou "religião civil". Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia. Vejamos, em resumo, o que nos contam as suas Confissões e algumas outras fontes, sobre sua vida e sua obra.



Denis Diderot (1713 - 1784)

  Filósofo e hábil escritor e enciclopedista francês nascido em Langres, na região francesa da Champagneum dos símbolos do Iluminismo e umdos ideólogos da revolução francesa. Filho de um mestre de cutelaria de boa posição, estudou com os jesuítas, iniciou a carreira eclesiástica e chegou a receber a tonsura em 1726. Estudou em Paris (1729-1732) onde se graduou em artes. Ainda estudou leis, literatura, filosofia e matemática, até ser contratado pelo produtor Andre Le Breton para traduzir uma enciclopédia inglesa (1745), a Cyclopaedia, do inglês Ephraim Chambers. Ateu e materialista, a partir deste ponto passou a trabalhar ao lado do matemático e filósofo Jean le Rond d’Alembert, e organizou uma enciclopédia (Encyclopédie, 1751-1772) que pretendia reunir todo o conhecimento científico e filosófico da época, e que fosse o veículo das novas idéias contra as forças, para ele reacionárias, da igreja e do estado, e que destacasse os princípios essenciais das artes e das ciências. Por essa razão os iluministas também são conhecidos como "enciclopedistas". Esta enciclopédia foi planejada juntamente com d’Alembert sob o título Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (1750). Foram publicados 17 volumes de texto e 11 de pranchas de ilustração (1751-1772) que se tornou um grande êxito literário e onde ele foi redator e, sobretudo,diretor e supervisor dessa grande iniciativa. De inspiração racionalista e materialista, propunha a imediata separação da Igreja do Estado e o combate às superstições e às diversas manifestações do pensamento mágico, entre elas as instituições religiosas. Sua publicação sofreu violenta campanha contrária da Igreja e de grupos políticos afinados com o clero. Sofreu intervenção da censura e condenação papal, mas acabou por exercer grande influência no mundo intelectual e inspirou os líderes da Revolução Francesa. Seus mais importantes colaboradores foram: Montesquieu e François-Marie Arouet Voltaire (literatura), Étienne Condillac e o Marquês de Condorcet(filosofia), Jean-Jacques Rousseau (música), Georges Louis Leclerc, conde de Buffon (ciências naturais), François Quesnay e Anne-Robert-Jacques Turgot, barão de l'Aulne (economia), Holbach (química), Diderot (história da filosofia) e D’Alembert (matemática). Também escreveu novelas, comédias, peças teatrais e brilhantes correspondências para um largo círculo de amigos e colegas. Paralelamente desenvolveu uma prolífica produção, principalmente na área romancista, em grande parte publicados postumamente. Os mais citados são Pensées philosophiques (1746), Lettre sur les aveugles à l'usage de ceux qui voient (1749), que valeram três meses na prisão e, ao sair desta, Prospectus (1750), que D'Alembert converteria no ano seguinte no Discours préliminaire da Enciclopédia, e  Jacques le Fataliste et son maitre (1796), La Religieuse (1796), Eléments de physiologie (1774-1780) e Le Neveu de Rameau (1821). A despeito de sua competência e importância histórica viveu seus últimos anos em extrema pobreza e precisou ser ajudado economicamente pela imperatriz Catarina da Rússia, sua admiradora, até morrer em Paris.



John Locke (Wringtown, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.
Locke rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos. A filosofia da mente de Locke é frequentemente citada como a origem das concepções modernas de identidade e do "Eu".  O conceito de identidade pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores, como David Hume, Jean-Jacques Rousseau e Kant. Locke foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de consciência. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco. Ao contrário dos conceitos pré-existentes baseados no Cartesianismo, ele sustentou que nascemos sem idéias inatas, e que o conhecimento é, em vez determinado apenas pela experiência derivada da percepção dos sentidos.
Ele escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza de nossos conhecimentos. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais: direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões.
Dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro tratado sobre o governo civil, critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas. No Segundo tratado sobre o governo civil, expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada.







Questões sobre a Independência dos Estados Unidos



01. 
"O puritanismo era uma teoria política quase tanto quanto uma doutrina religiosa. Por isso, mal
tinham desembarcado naquela costa inóspita (...) o primeiro cuidado dos imigrantes [puritanos] foi o
de se organizar em sociedade."

Essa passagem de A Democracia na América, de A. de Tocqueville, diz respeito à tentativa:

a) malograda dos puritanos franceses de fundar no Brasil uma nova sociedade, a chamada "França Antártica";

b) malograda dos puritanos franceses de fundar uma nova sociedade no Canadá;

c) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundar uma nova sociedade no Sul dos Estados Unidos;

d) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundar uma nova sociedade no Norte dos Estados Unidos, na
chamada Nova Inglaterra;

e) bem-sucedida dos puritanos ingleses, responsáveis pela criação de todas as colônias inglesas na América.


02.
"Nas leis da nova Inglaterra encontramos o germe e o desenvolvimento da independência local.
Na América pode-se dizer que o município foi organizado antes da comarca, a comarca antes do Estado e o Estado antes da União." (Alexis de Tocquelville)

a) Cite duas características da colonização da Nova Inglaterra.
b) A partir do texto, explique por que a Constituição dos Estados Unidos estabelece o sistema federativo.


03. Primeiras colônias americanas a se tornarem independentes em 4 de julho de 1776, os Estados Unidos
assumiram no século XIX:

a) uma posição de estímulo aos movimentos revolucionários, contestando as estruturas tradicionais do poder vigentes em grande parte da Europa;

b) uma intransigente defesa da intervenção do Estado nas atividades econômicas, visando controlar os abusos da burguesia;

c) a identificação do Estado com a religião puritana, que seria obrigatória para todos os cidadãos;

d) dentro do continente americano, uma política imperialista, impondo seus interesses econômicos às demais nações;

e) uma política de expansão colonial em direção à África e à Oceania.


04. Leis britânicas acirravam as divergências entre colonos americanos e a Coroa Inglesa, provocando a luta pela independência. Entre os objetivos dessas leis, devem ser destacados as seguintes:

a) Aumentar a receita real, impedir o contrabando e o comércio intercolonial e promover a recuperação
econômica da Companhia das Índias Orientais.

b) Aumentar o consumo de chá e açúcar nas colônias, obrigar ao uso de selos na correspondência e aumentar as exportações das colônias.

c) Abolir a escravidão nas colônias, separar juridicamente as treze Colônias e ajudar a Pensilvânia a anexar
terras no Oeste.

d) Recuperar a Companhia das Índias Ocidentais, abrir o porto de Boston às nações amigas e aumentar as
importações das colônias.

e) Pagar indenizações à França, devido à derrota inglesa na Guerra dos Sete Anos, revogar os Atos
Townshend e favorecer os produtores locais de açúcar.


05.
"O sangue dos que foram chacinados, a voz lamentosa da Natureza gritam: 'é hora de separarmos!'
Mesmo a distância que Deus colocou entre a Inglaterra e a América é uma prova forte e natural de
que a autoridade de uma sobre a outra não era a vontade dos Céus (...) UM GOVERNO NOSSO É
UM DIREITO NOSSO (...) Portanto, o que queremos? Por que hesitamos? Da parte da Inglaterra
não esperamos nada, a não ser a ruína (...) Nada pode resolver nossa situação tão rapidamente
quanto uma declaração de independência, aberta e feita com determinação."

(Thomas PAINE, Bom Senso, panfleto de 10 de janeiro de 1776, citado por Leo HUBERMAN, História da Riqueza dos Estados Unidos, Brasiliense, São Paulo, 1983)

O documento anterior expressa algumas das idéias que, pouco mais tarde, estariam contidas na Declaração de Independência das Treze Colônias da América do Norte.

a) Apresente dois fatores que tenham contribuído para a independência das Treze Colônias.
b) Relacione a frase "Um governo nosso é um direito nosso" com as idéias que fundamentaram o processo de independência das Treze Colônias.


06. Quando da discussão, no Parlamento Inglês, das Leis do Açúcar e do Selo (1784 - 1765), os colonos ingleses da América recusaram-se a aceitar as medidas impostas, baseando-se:

a) no fato de não estarem representados na assembléia que votou as taxas;
b) no princípio da isenção de taxas concedido pela Coroa aos colonos;
c) no direito inalienável dos súditos ingleses de recusar a obediência a leis injustas;
d) nos direitos naturais do cidadão à vida, à propriedade e à busca da felicidade;
e) nos prejuízos financeiros advindos do bloqueio aos produtos das Antilhas.


07. 
"Em Massachusetts, o espírito do capitalismo estava presente antes do desenvolvimento capitalista
(...) Neste caso, a relação causal é, certamente, a inversa daquela sugerida pelo ponto de vista
materialista." (Max WEBER, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo)

A afirmação:

a) valoriza a visão do materialismo sobre o desenvolvimento do capitalismo na Nova Inglaterra;
b) sustenta, ao contrário do marxismo, que o espírito capitalista foi o criador do capitalismo moderno;
c) coincide com a crítica marxista ao materialismo sobre a existência do capitalismo na Nova Inglaterra;
d) diverge do marxismo ao defender a existência de uma fase de acumulação primitiva de capital;
e) defende uma concepção consensual entre os historiadores sobre a origem do capitalismo.


08.
 "A existência de uma área de terras livres, sua contínua diminuição e o avanço da colonização em
direção ao Oeste explicam o desenvolvimento americano."

(Frederick Jackson TURNER, A Fronteira na História Americana)

A citação anterior descreve:

a) a marcha para o Oeste nos Estados Unidos, no século XVI;
b) a colonização do Meio-Oeste dos Estados Unidos e a conseqüente implantação da indústria automobilística na região dos Grandes Lagos;
c) a expansão, á medida que não havia indígenas, dos ingleses rumo ao Oeste do Canadá;
d) a corrida dos puritanos, perseguidos na Inglaterra no século XVII, para o Oeste americano;
e) a colonização americana, rumo ao Oeste, subseqüente à proclamação da independência dos Estados Unidos.


09. Sobre a Independência dos Estados Unidos da América, assinale a alternativa correta:

a) A origem do movimento da independência deve ser encontrada no desenvolvimento uniforme das Treze
Colônias Inglesas.

b) O crescimento do comércio triangular, praticado pelas colônias de povoamento situadas no Sul, gerou
atritos com a metrópole.

c) O Segundo Congresso Continental de Filadélfia decretou a separação dos Estados Unidos, através da
Declaração de Independência redigida por Thomas Jefferson.

d) A política de conciliação adotada pela Inglaterra retardou o processo de independência da Treze Colônias
Inglesas.

e) A França e a Espanha apoiaram a Inglaterra durante a Guerra de Independência.


10. (CESGRANRIO) Em 1778, França e Espanha entraram em guerra contra a Inglaterra. Seu verdadeiro objetivo era:

a) eliminar o contrabando inglês na Colônia do Sacramento;
b) recuperar algumas colônias que lhes haviam sido arrebatadas pelos ingleses;
c) punir a Inglaterra pela ajuda prestada à Holanda na guerra das Províncias Unidas contra a Espanha;
d) ajudar os colonos norte-americanos em sua Guerra de Independência;
e) minar as posições do comércio inglês no continente americano.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Independência dos Estados Unidos


A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América foi o documento no qual as Treze Colônias na América do Norte declararam sua independência do Reino Unido, bem como justificativas para o ato. Foi ratificada no Congresso Continental em 4 de julho de 1776, considerado o dia da independência dos Estados Unidos para estar pronto quando o Congresso votou sobre a independência. Adams convenceu a comissão para selecionar Thomas Jefferson para compor o projeto original do documento, que o Congresso deve editar para produzir a versão final.
Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.
Isso tem sido chamado de "uma das frases mais conhecidas no idioma Inglês", que contém "as palavras mais potentes e consequentes da história americana".A passagem passou a representar um padrão moral para que os Estados Unidos deve se esforçar. Este ponto de vista, nomeadamente, foi promovido por Abraham Lincoln, que considerou que a Declaração de ser o alicerce de sua filosofia política, e argumentou que a declaração é uma declaração de princípios através dos quais a Constituição dos Estados Unidos deve ser interpretada.Ela inspirou o trabalho de os direitos das pessoas marginalizadas em todo o mundo.




Guerra da Independência dos Estados Unidos

Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775–1783), também conhecida como Guerra Revolucionária Americana, começou após a assinatura do Tratado de Paris que, em 1763, pôs fim à Guerra dos Sete Anos. Ao final do conflito, o território do Canadá foi incorporado pela Inglaterra. Neste contexto, as treze colônias representadas por MassachusettsRhode IslandConnecticutNova HampshireNova JérseiNova IorquePensilvâniaDelaware,VirgíniaMarylandCarolina do NorteCarolina do Sul e Geórgia começaram a ter seguidos e crescentes conflitos com a Coroa britânica, pois devido aos enormes gastos com a guerra, a Coroa inicia uma maior exploração sobre essas áreas, constituiu-se de batalhas desfechadas contra o domínio inglês, durante a Revolução Americana de 1776. Movimento de ampla base popular, teve como principal motor a burguesia colonial e levou à independência das Treze Colônias - os Estados Unidos - (proclamada em 4 de Julho de 1776), o primeiro país a dotar-se de uma constituição política escrita.




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